BLOG SAUDAÇÕES TRICOLORES!: 2017

domingo, 31 de dezembro de 2017

FLUMINENSE ESTIPULA RECEITA COM VENDA DE JOGADORES EM 2018

Tricolor terá redução de mais de R$ 46 milhões no departamento de futebol

31 de dezembro de 2017

O orçamento aprovado pelo Fluminense prevê um valor inferior com a venda de atletas, mas ainda importante. a previsão é de queda na receita oriunda da transferência de atletas. Em vez dos R$ 42, 6 milhões projetados para 2017, “apenas” R$ 35 milhões na próxima temporada.

Se o clube andar na linha ano que vem, o Tricolor fechará 2018 com uma receita bruta R$ 11,6 milhões maior que no primeiro ano da gestão Pedro Abad. O custo do carro-chefe tricolor em 2017 foi de R$ 188,3 milhões, e o departamento será administrado com R$ 142 milhões após a votação, portanto R$ 46,3 milhões a menos, conforme o NETFLU informou em 16 de dezembro (clique aqui para conferir os detalhes).

VOLANTE DO FLU É UM DOS 20 JOGADORES CANDIDATOS A REVELAÇÃO DA COPINHA

Caio é um dos principais jogadores do Flu

Por Redação -

31 de dezembro de 2017

A Copa São Paulo de Futebol Júnior é o primeiro campeonato do Brasil em 2018 e quase sempre revela jogadores importantes para o cenário nacional. O site Globoesporte.comelencou 20 candidatos a revelação da próxima edição da Copinha. O Fluminense está representado pelo volante Caio. Veja o que diz a avaliação:

Caio chegou do Londrina no meio do ano e rapidamente virou titular na equipe. Foi o camisa 5 na Copa RS Sub-20 e deu uma boa consistência ao meio-campo do Fluminense, que teve dificuldades no sub-20 durante o ano, mas evoluiu no segundo semestre. O time tem também o zagueiro Ibañez, já chamado por Abel para os profissionais em vários momentos, como destaque.

CRICIÚMA ADMITE RECEBER PARCELADO POR MARLON E, LATERAL, EM TESE, SE APROXIMA DO FLU

Tricolor busca recursos para comprá-lo e tem concorrentes

Por Redação -

31 de dezembro de 2017

Criciúma admite receber parcelado por Marlon e, lateral, em tese, se aproxima do Flu — Foto: Nelson Perez - FFC

Fluminense e Criciúma negociam pela permanência de Marlon no Tricolor e uma boa notícia surgiu neste domingo para aqueles que gostam do futebol do lateral. O Tigre aceitou receber o valor acordado ao fim do empréstimo de forma parcelada. Agora, o tetracampeão brasileiro busca recursos para comprar o jovem de 20 anos.

Entretanto, o Flu tem concorrentes e não conta mais com a prioridade para adquiri-lo em definitivo. Esta vence neste domingo, dia 31.

Pouco antes de sair em férias, Marlon tirou o visto para ingressar nos Estados Unidos. Foi um pedido do Fluminense, que fará a pré-temporada por lá. Ele ainda não sabe se poderá se apresentar no CT no dia 3 de janeiro.

DEFENSOR PARAGUAIO REVELA INTERESSE DO FLUMINENSE

Gustavo Mencia atua no clube que enfrentará o Vasco na Libertadores

Por Redação -

31 de dezembro de 2017

O Fluminense tem interesse em Gustavo Mencia, lateral-esquerdo do Universidad Concepción (CHI), adversário do Vasco na Copa Libertadores da América. A confirmação partiu do próprio jogador, em entrevista à Rádio ABC Cardinal, do Paraguai.

– Sim, meu representante, Régis Marques, me falou do interesse do Fluminense, mas oferta oficial, por enquanto, não existe. A Universidad me quer para a Copa (Libertadores) e me ofereceram uma melhoria no contrato para mais dois anos de duração – revelou o atleta, cujo compromisso com os chilenos termina neste dia 31 de dezembro.

Mencia é paraguaio, tem 29 anos e passagens por clubes como 3 de Febrero, Sportivo Luqueño, Libertad e Olimpia, todos de seu país de origem. Além de lateral-esquerdo, também atua como zagueiro.

O representante do defensor, Régis Marques, é brasileiro, mas com trânsito no futebol sul-americano. Foi ele quem auxiliou o Vasco na contratação de Darío Conca, em 2007, além de várias outras negociações. No ano passado, intermediou as chegadas de Alexis Rojas, do Sportivo Luqueño, e Claudio Aquino, do Independiente (ARG), ao Fluminense.

RADIALISTA CONTA QUE INTER PLANEJA ANUNCIAR ATACANTE DO FLU NA REAPRESENTAÇÃO

Wellington Silva será emprestado até o fim de 2018

Por Redação -

31 de dezembro de 2017

Radialista conta que Inter espera anunciar atacante do Flu na reapresentação — Foto: Lucas Merçon - FFC

Falta pouco para o Internacional oficializar a contratação de Wellington Silva. O atacante será emprestado pelo Fluminense até dezembro de 2018. O que impede o anúncio é o envio da documentação por parte do Tricolor. O Colorado espera que os papéis cheguem na terça-feira para, em seguida, divulgar o acerto na reapresentação do elenco, no início de janeiro. As informações são de Lucas Collar, repórter da Rádio Jovem Pan.

JOGADORES QUE DISPUTARAM A SÉRIE A ELEGEM OS MELHORES E PIORES DE 2017

Cento e onze jogadores responderam longo questionário

Por Redação -

31 de dezembro de 2017

O portal Uol divulgou a pesquisa completa com 111 jogadores que participaram da Série A do Campeonato Brasileiro neste ano. Eles elegeram os melhores e piores de 2017 e também responderam outras perguntas.

Foram 111 atletas ouvidos, dos seguintes clubes: Atlético-MG, Atlético-PR, Botafogo, Corinthians, Coritiba, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos, São Paulo e Vasco. Eles responderam, de forma anônima a 24 questões. Veja abaixo na íntegra:

PROGRAMA DE TV FAZ PIADA COM "BARCA" ANUNCIADA PELO FLUMINENSE

ESPN Brasil "mostrou" conversa da diretoria com jogadores

Por Redação -

31 de dezembro de 2017

A lista de dispensa divulgada pelo Fluminense nesta semana gerou uma brincadeira do programa “Bate-Bola”, da ESPN Brasil. A produção fez uma piada com a informação de que o goleiro Diego Cavalieri, um dos que não fará parte do elenco tricolor em 2018, teria sido notificado por Whatsapp de que não continuaria na próxima temporada.

O programa, então, elaborou uma conversa fictícia, com a formação de um grupo no aplicativo de mensagens. Nele, os oito atletas foram incluídos e avisados que não permanecerão no plantel no ano que está por vir. Veja:

ENTRE DISPENSAS E EMPRÉSTIMOS, FLU JÁ NÃO CONTA COM 20 JOGADORES PARA 2018

Maioria dos dispensados atua no meio-campo

Por Redação -

31 de dezembro de 2017

comunicado que não faz parte dos planos — Robert é um dos que não fica no Flu para 2018

Se um dos principais objetivos da diretoria do Fluminense em 2018 é diminuir custos, o planejamento está sendo cumprido à risca. Entre dispensas e empréstimos, nada menos do que 20 jogadores já não fazem parte dos planos para o início da próxima temporada.

Os nomes de maior impacto na reformulação foram os de Diego Cavalieri e Henrique. Os setor onde houve mais cortes foi o meio-campo com sete dispensas. Veja quem já deixou o Fluminense:

Diego Cavalieri – goleiro – comunicado que não faz parte dos planos

Matheus Phillipe – goleiro – dispensado

Lucas – lateral-direito – devolvido ao Palmeiras

Renato – lateral-direito – dispensado (contratado pelo Ceará)

Wellington Silva – lateral-direito – dispensado

Mascarenhas – lateral-esquerdo – emprestado ao Botafogo-SP

Nogueira – zagueiro – emprestado ao Figueirense

Derlan – zagueiro – emprestado ao Paysandu

Artur – zagueiro – comunicado que não faz parte dos planos

Henrique – zagueiro – comunicado que não faz parte dos planos

Pierre – volante – dispensado

Orejuela – volante – emprestado à LDU (EQU)

Willian – volante – emprestado ao Botafogo-SP

Robert – meia – dispensado

Higor Leite – meia – comunicado que não faz parte dos planos

Marquinho – meia – comunicado que não faz parte dos planos

Danielzinho – meia – emprestado ao Botafogo-SP

Peu – atacante – emprestado ao Paysandu

Maranhão – atacante – comunicado que não faz parte dos planos

Michael – atacante – dispensado (contratado pelo Resende)

HENRIQUE DOURADO FOI PROCURADO POR BRASILEIROS, QUE SE ASSUSTARAM COM PEDIDA DO FLU

Jornalista revela valor da multa rescisória

Por Redação -

31 de dezembro de 2017

Em seu blog no portal Yahoo, Jorge Nicola, comentarista dos canais ESPN Brasil, havia informado que o América (MEX) está interessado em Henrique Dourado. Antes, tentou Lucas Pratto, do São Paulo, que quer continuar no Morumbi ou voltar para a Argentina. Mas além do clube mexicano, dois brasileiros sondaram o Ceifador do Fluminense.

De acordo com Nicola, Corinthians e Grêmio consultaram o Flu e se assustaram com a pedida. A multa rescisória é de R$ 17 milhões e o Tricolor carioca tem 50% dos direitos na venda.

MARCOS JÚNIOR REENCONTRA PROMESSA TRICOLOR NESTE FIM DE ANO E É PRESENTEADO

Marlon visitou o atacante

Por Redação -

31 de dezembro de 2017

Encontro de revelações de Xerém. Marcos Júnior postou em seus perfis nas redes sociais uma foto ao lado de Marlon, zagueiro formado nas categorias de base do Fluminense. Levou ao atacante a camisa do defensor, emprestado ao Nice (FRA). Confira:

CAMPEÃO PELO FLU, LATERAL ESTUDA PARA SER GESTOR OU TÉCNICO

Gabriel já pensa no que fazer quando encerrar a carreira de atleta

Por Redação -

31 de dezembro de 2017

Campeão carioca em 2005 pelo Fluminense, Gabriel atua no Estados Unidos e já pensa no fim de carreira. O lateral-direito pensa em exercer funções fora das quatro linhas e comente brevemente seus planos.

– Vou estudar para os dois. Quando você se prepara para as duas funções, pode exercer a oportunidade que aparecer com maestria. Mas gestor é o que eu vou buscar para mim – explicou o jogador, revelado pelo São Paulo.

VÍDEO - EX-ATLETAS DO FLU SE REENCONTRAM PARA JOGO DE FIM DE ANO NAS LARANJEIRAS

Delei e Mário Marques falaram sobre pelada de masters

Por Redação -

31 de dezembro de 2017

CSKA AUMENTA PROPOSTA E ENTRA FIRME NA DISPUTA POR WENDEL, NOTICIA JORNAL PORTUGUÊS

Russos sinalizam com até R$ 35,7 milhões pelo jogador do Fluminense

Por Redação -

31 de dezembro de 2017

CSKA aumenta proposta e entra na disputa por Wendel — PSG levará Wendel (Foto: Lucas Merçon - FFC)

Enquanto o Fluminense discute internamente se prosseguirá com a venda de Wendel para o Deportivo Maldonado (URU) que o repassaria ao Sporting Lisboa (POR), o CSKA Moscou (RUS) entrou na jogada. De acordo com o portal português “O Jogo”, o clube russo voltou a mostrar interesse pelo volante.

O CSKA melhorou a sua oferta pelo atleta, colocando na mesa oito milhões de euros (R$ 31,7 milhões) por 80% dos direitos econômicos de Wendel. A primeira proposta dos russos foi de seis milhões de euros (R$ 23,8 milhões) por idêntica percentagem dos direitos.

O que pesa a favor do Sporting é o receio demonstrado pelo jogador em torno de uma mudança para a Rússia, embora proposta salarial do CSKA tenha sido superior.

A reportagem de “O Jogo” encerra informando que o desejo da agremiação russa é tão grande que estão dispostos a oferecer até 9 milhões de euros (R$ 35,7 milhões) para contratar Wendel, superando o Sporting.

sábado, 30 de dezembro de 2017

AGENTE SOBRE REDUÇÃO SALARIAL: "GUM ENCARA ISSO DE MANEIRA TRANQUILA"

Zagueiro é o atleta mais antigo do atual elenco

Por Redação -

30 de dezembro de 2017

Perto de completar 10 anos de Fluminense, o zagueiro Gum é considerado um símbolo do atual elenco. Bicampeão brasileiro com a camisa do clube, o jogador é o último remanescente das equipes tricolores que encantaram o Brasil em 2010 e 2012. Para seguir no clube, o atleta topou redução salarial e não se incomodou com este cenário, como explica seu empresário, Jorge Moraes.

– Gum encara isso tudo de maneira tranquila (possível redução salarial). Temos que rever tudo pra encontrar o que é melhor pra todas as partes. É muito legal que ano que vem ele faz dez anos de clube, ele pode passar de 400 jogos com a camisa do Fluminense e hoje você quase não vê isso. Os jogadores costumam não passar de dois ou três anos nos clubes. Então tudo isso e o grau de dedicação somaram pra renovação – disse o empresário, que também comentou sobre a lesão que fez com que o zagueiro atuasse apenas cinco partidas em 2017 – disse.

A HISTÓRIA DO FLUMINENSE

Esta você conhece de muitos jeitos, com diferentes personagens: sujeito de família boa-praça viaja à Europa, volta animado com a descoberta do futebol, põe na cabeça que vai fundar um clube e o resto é história. Pois é isso aí: o jovem era Oscar Cox, que voltou da Suíça em 1901 e decide que vai formar seu time. O que diferencia a sua agremiação da maioria das que se tornaram populares no futebol é o foco nessa modalidade. Você já viu um tanto de clubes celebrarem seu centenário antes do Fluminense, mas nenhum desses era um “football club”. O Flu, fundado em julho de 1902, foi o primeiro do País nascido especificamente como clube de futebol. Na esteira da iniciativa do Fluminense, nasceram mais clubes de futebol no Rio de Janeiro, como o Botafogo, o América e o Bangu – todos em 1904. E demorou pouco para que surgisse, então, o Campeonato Carioca. Como pioneiro naquela história, não era de se estranhar que o Fluminense dominasse: das seis primeiras edições, entre 1906 e 11, a equipe venceu cinco, graças ao talento de gente como Edwin Cox, Horácio Costa Santos e James Calvert. Foi depois desse quinto título que uma diáspora acometeu o elenco: Edwin Cox e Bruno Schuback foram para o Rio Grande do Sul jogar no Grêmio; outro grupo foi ajudar a fundar o departamento de futebol do Flamengo. Em 1914, um dos ídolos do clube naquela era, Oswaldo Gomes, tornou-se o primeiro jogador a marcar um gol pela Seleção Brasileira – numa vitória por 2 x 0 sobre o Exeter City da Inglaterra, no próprio campo do Fluminense. O goleiro daquela equipe era Marcos Carneiro de Mendonça, também do Flu. Com a lista de adversários se tornando definitiva, a equipe continuava sendo vencedora: o tricampeonato conquistado entre 17 e 19 marcou o auge da performance do britânico Henry Welfare, que somou 137 gols. Depois daquele tricampeonato, na medida em que os outros clubes também desenvolviam departamentos de futebol organizados, as conquistas passaram a rarear um pouco mais, mas o Tricolor continuava com seu nome ligado ao pioneirismo: em 1930, no Uruguai, foi um atleta do clube o primeiro a marcar um gol pela Seleção Brasileira em Copas do Mundo. Preguinho repetiu contra a Iugoslávia uma cena que repetiria 184 vezes com a camisa do Flu. A torcida já se acostumara a que os títulos chegassem assim, em pacotes: entre 36 e 38, novamente o time dominou o Estado, graças aos gols de Hércules e ao talento de Romeu Pellicciari - que também comandou o bicampeonato 40/41 ao lado de Tim. A conquista do chamado “supercampeonato” de 46 – que precisou de uma fase extra de desempate – marcou o momento áureo do artilheiro Ademir Menezes com a camisa do Fluminense. A fama do clube se estendia e se tornava internacional em 49, quando o Comitê Olímpico Internacional inscreveu o nome da equipe na Taça Olímpica – prêmio de honra ao mérito esportivo que até hoje nunca foi dado a nenhuma outra equipe latino-americana. Outro título que foi gigantesco na época veio três anos depois. O timaço campeão carioca de 1951 disputou no ano seguinte a Copa Rio: um torneio de oito equipes que, na época, foi encarado como uma espécie de mundial de clubes. Tendo enfrentado Sporting de Lisboa, Peñarol e, na final, o Corinthians, o Flu eternizou um esquadrão que reuniu alguns dos maiores ídolos da história da equipe, como o “Fio de Esperança” Telê Santana, o gênio Didi, o zagueiro Pinheiro, o artilheiro Orlando “Pingo de Ouro” e um dos maiores goleiros da história do País, um verdadeiro ícone que defendeu o clube durante toda a sua carreira, Castilho. Entre meados da década de 50 e início de 60, o futebol atingiu um estágio de popularidade que justificava a criação de torneios interestaduais. Se não obteve lá grandes êxitos dentro do Rio de Janeiro – após o título de 51, o seguinte seria em 59 -, o Fluminense fez seu nome brilhar no Rio-São Paulo. Foram dois títulos, um em 57 e outro em 60, e em ambos o artilheiro da competição foi o centroavante Waldo – até hoje o maior goleador do clube em todos os tempos, com 208 gols. Quando a década de 60 começou, foi difícil torcer por outro time no Rio que não fosse o Botafogo O Fluminense conquistou dois títulos estaduais, em 64 – já com uma de suas revelações das categorias de base, um certo Carlos Alberto Torres - e 69. Essa última equipe formou a base do time que conquistaria o Roberto Gomes Pedrosa do ano seguinte, o último torneio antes da instauração do Campeonato Brasileiro. Com Felix, Marco Antônio, Mickey, Cafuringa e Flávio, o Fluminense conquistou vaga pela primeira vez na Libertadores. Mas o maior presente que essa geração poderia ganhar veio somente trinta anos depois. Em 2010, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu unificar todas as conquistas nacionais de 1959 a 1970 e em uma canetada só distribuiu 14 títulos brasileiros. Um coube ao timaço tricolor de 1970. O título carioca de 73 teve a marca especial de destacar uma geração quase inteiramente formada nas Laranjeiras. A garotada que continha Carlos Alberto Pintinho, Kléber, Marco Aurélio e Rubens Galaxe contou ainda com os gols de Manfrini e sobretudo com o comando do Canhotinha de Ouro Gérson, que escolheu o Fluminense para encerrar sua carreira. Boa parte daquela equipe se manteve para a conquista de um bicampeonato que entrou para a história por reunir uma das melhores formações do clube na história. O que fazia a grande diferença era Roberto Rivellino no auge de sua forma. Sob sua batuta, o que era um bom time passou a ser a Máquina Tricolor. Apesar das boas campanhas, aquela geração não conseguiu o título brasileiro - esbarrando na grande fase do imbatível Internacional-RS. O feito estava guardado para a geração que surgia. Afinal, quando falamos do grupo que chegou à equipe principal do Fluminense no início da década de 80, não estamos falando de uma geração qualquer. O grupo que dominou o Estado no tricampeonato 83/85 não deixou dúvidas quanto a ser o melhor do País. Com a segurança do zagueiro Ricardo Gomes, o lateral-esquerdo Branco, o “casal 20” Washington e Assis, o paraguaio Romerito, além de Wilsinho, Leomir e Delei, o Flu derrotou o Vasco em dois jogos na decisão – graças a um gol de Romerito na primeira partida – e levantou a taça do Brasileirão. Vários remanescentes daquela geração ainda tiveram fôlego para mais uma boa campanha, em 88, quando o time chegou à semifinal e foi derrotado pelo Bahia, que se sagraria campeão. Já contando com Bobô e os gols de Ézio, o Flu chegou a outra semifinal em 91, vítima do Bragantino. Mas outro título mesmo, só depois de dez anos do tricampeonato carioca. Foi apenas um carioca, mas foi especial: ganho aos 42 minutos do segundo tempo, contra o Flamengo, num gol marcado com a barriga por Renato Gaúcho – um ex-ídolo do rival. Mereceu uma comemoração ensandecida da torcida, que parecia prever a seqüência de agruras que estava a caminho. Para quem é Tricolor doente, melhor nem lembrar da parte que vem agora. Começou no Brasileiro de 96: o clube fez uma campanha desastrosa e foi rebaixado para a série B. Aliás, “foi” coisa nenhuma. Numa reviravolta para abafar o escândalo de arbitragem que ficou famoso como “caso Ivens Mendes”, a CBF aumentou o número de clubes e simplesmente não houve rebaixamento. Aliás, “não houve” coisa nenhuma. Só demorou um ano a mais: em 97, com um time tão fraco quanto o do ano anterior, o Fluminense mais uma vez terminou entre os piores e foi, de verdade, mandado para a série B. Na esperança de que ter história fosse o suficiente para garantir o acesso, o clube permaneceu com um elenco que não apenas não era de elite como sequer merecia respeito na segunda divisão. O clube ficou atrás de Joinville, ABC, Paysandu e CRB em seu grupo e, para incredulidade geral, caiu de novo. A torcida não sabia se ficava irritada ou envergonhada: o Fluminense, tantas vezes campeão, estava na terceira divisão. Entrou para a história a disposição de Carlos Alberto Parreira, técnico que já havia sido campeão brasileiro com o Flu em 1984 e, àquela altura, campeão mundial com a Seleção de 94. Ele aceitou dirigir o time na Série C de 1999. Com Roni e Magno Alves como dupla de ataque e com revelações como Marco Brito e, principalmente, o meia Roger, o Tricolor voltou a conquistar uma taça – ainda que se tratasse de uma que todos preferiam nem ter disputado. O ano foi histórico também por outro motivo: a inauguração do Vale das Laranjeiras, no distrito de Xerém, em Duque de Caxias. Lá, o clube tinha a estrutura ideal para investir naquilo que seria a salvação de seu futuro, as divisões de base. Só que no futebol do Brasil é impossível contar com a lógica para relatar uma história. Aquele deveria ter sido o primeiro passo do Fluminense rumo à elite, afinal, ainda faltava uma divisão para conquistar. Mas não do lado de cá do Equador: aqui, a série A do ano 2000 não existiu, e o que contou como Brasileiro foi a “Copa João Havelange”, gerenciada pelo Clube dos 13. E, claro, já que quem organiza são os clubes grandes, como deixar de fora um... clube grande. O Fluminense disputou o torneio daquele ano e fez um papel razoável: caiu nas oitavas-de-final diante do São Caetano e teve em Magno Alves o artilheiro da competição, ao lado de Dill e de Romário. Para terminar de virar a mesa em 180º, no ano seguinte, retomado o Brasileiro, ninguém quis nem saber de retornar com o Fluzão à série B. Ficou tudo por isso mesmo, e a bela história do Tricolor ganhou para sempre um incômodo asterisco. Desnecessário dizer que, durante esse calvário, também não veio nenhum título estadual. As conquistas só voltaram em 2002 e, com mais gosto, em 2005 – o 30º título carioca da história. Naquele mesmo ano, a equipe de Gabriel, Tuta e Carlos Alberto chegou à final da Copa do Brasil. Daquela vez, contra o Paulista de Jundiaí, o título não veio. Mas, dois anos depois, a garotada formada em Xerém não decepcionou: com gol decisivo de Roger, o Flu derrotou o Figueirense na decisão e conseguiu vaga na Libertadores de 2008. Para não deixar dúvida, o time dos Bolas de Prata Thiago Silva e Thiago Neves terminou o Brasileiro em 4º lugar e deixou claro: é, de novo, um dos mais fortes do Brasil. A comprovação veio no ano seguinte. Com uma campanha sensacional, o Fluminense despachou em sequência Nacional (URU), São Paulo e Boca Juniors (ARG), três ex-campeões, para chegar pela primeira vez na final da Libertadores contra a desconhecida LDU, do Equador. Mas o que era para ser uma festa acabou se tornando a maior frustração da centenária história do Fluminense. Depois de perder a primeira partida por 4 a 2, na altitude de Quito, o time comandado por Renato Gaúcho venceu o jogo de volta, no Maracanã, por 3 a 1, com três gols de Thiago Neves, e levou a decisão para a prorrogação. Sem um vitorioso no tempo extra, a partida foi decidida nos pênaltis. Apesar de tudo conspirar a favor do clube das Laranjeiras, os equatorianos foram mais frios e venceram por 3 a 1. Em 2009, mais um frustração e novamente para a LDU. Desta vez, na final da Sul-Americana. Sob o comando do atacante Fred, o Fluminense mais uma vez sentiu a altitude de Quito e foi goleado por 5 a 1, na primeira partida. No jogo de volta, o time de Cuca precisava de uma vitória por quatro gols para levar a decisão para a prorrogação. Com grande atuação de Diguinho e Gum, a equipe chegou a fazer 3 a 0, mas perdeu Fred, expulso, a dez minutos do fim e não impediu mais uma festa equatoriana no Maracanã. De bom na temporada, apenas a sensacional arrancada na luta contra o rebaixamento que começou a construir o Time de Guerreiros. Sonho de consumo da diretoria tricolor desde 2006, finalmente Muricy Ramalho desembarcava nas Laranjeiras para fazer o Fluminense voltar a ser um clube vitorioso. O projeto era de médio a longo prazo, mas com o talento do treinador tricampeão brasileiro pelo São Paulo somado a um elenco de estrelas com Fred, Emerson, Deco e Conca, o resultado veio antes do que se imaginava. Comandado pelo argentino Darío Conca, que se tornou o único jogador de linha a participar de todas as partidas de um Campeonato Brasileiro, o Fluminense bateu o Guarani por 1 a 0, no Engenhão, com um gol do ex-rubro-negro Emerson, e conquistou o bicampeonato brasileiro.