Didi, o Conca do time campeão da Taça de Prata de 70
Quem esteve nesta terça-feira no hotel em que o Fluminense está hospedado na Cidade do México foi o ex-volante Didi, que fazia parte da equipe campeã da Taça de Prata, em 1970. Aliás, não só fazia parte como era titular absoluto e jogou todas as 19 partidas naquela conquista, assim como o Conca do título brasileiro de 2010, que atuou em todos os 38 jogos.
“Era difícil ficar fora de um jogo do Fluminense porque eu dificilmente me lesionava. E olha que eu não aliviava na marcação, não. Mas tive a felicidade de fazer parte de um grande elenco”, disse Didi, que trabalha e reside desde 1976 em Toluca, cidade que fica a uma hora e meia da capital mexicana.
Aos 60 anos, Adir Cid Rodrigues, que nasceu em Santos, é observador de jovens valores mexicanos e costuma conduzi-los a alguns clubes do país. Ele também é dono de uma franquia da escolinha de futebol do Milan. Com a camisa do Fuminense, fez 141 jogos e marcou três gols.
“Quem me levou para o Fluminense foi o Roberto Alvarenga, que era coordenador das categorias de base do clube. Ele foi num jogo do Santos e carregou cinco jogadores para fazer teste. Ainda éramos juvenis. Só eu, Marco Antônio e Everaldo passamos”, lembrou Didi, que, além da Taça de Prata, foi campeão carioca e da Taça Guanabara de 71.
Didi ficou nas Laranjeiras de 1969 a 1973. Recorda que, quando chegou, o time profissional não passava por um bom momento e o clube acabou contratando o técnico Paulo Amaral. Alguns reforços chegaram e, para completar o elenco, o treinador puxou alguns jogadores do juvenil, entre eles justamente Didi, Marco Antônio e Everaldo.
“Ele montou um outro time. E ele trouxe uma molecada do juvenil que era treinada pelo Telê Santana. Em 69, inclusive, tínhamos sido campeões no infantil e no juvenil. O Paulo encontrou as peças e as encaixou nos lugares certos”, explicou Didi, que depois do Fluminense jogou no Vitória, na Portuguesa Santista, no Santos, no Toluca (MEX), no Jalisco de Guadalajara (MEX), no Ceará e no Francana, encerrando a carreira aos 31 anos.
Este ano, assim que a CBF reconheceu a Taça de Prata de 1970 como título brasileiro, Didi recebeu a notícia com muita alegria. Garante que, desde pequeno, sempre foi tricolor. Ressalta que batizou de "Fluminense" a primeira escolinha de futebol que montou em Toluca. Apesar de morar no México há muitos anos, não fica difícil saber para quem vai torcer nesta quarta-feira:
“Estarei no Azteca, no meio da torcida do Fluminense. E vamos ganhar do América.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário