Técnico tricolor, que tem sido muito elogiado pelos jogadores, explica seus métodos de trabalho durante a pausa do Brasileiro
Por Pedro VenancioRio de Janeiro
A voz é de comando, mas os gritos e broncas públicos, tão comuns em campos de futebol, não fazem parte da conduta de Cristóvão Borges. O técnico do Fluminense afirma que exige muito dos jogadores, cobra quando precisa cobrar, mas tenta sempre manter o equilíbrio, o diálogo. E faz questão de participar de tudo no treino, desde as atividades mais simples, como demarcar campos para trabalhos específicos.
Cristóvão é assim. Não faz questão de nenhum tipo de distinção, e dá liberdade aos jogadores, que retribuem com elogios diversos. Taticamente, busca a formação de um time ofensivo e prioriza sempre o treino com bola, mesmo nas atividades físicas da pré-temporada. Fruto do tempo que dedicou a estudar futebol enquanto esteve sem clube, e pesquisou sobre a metodologia dos melhores técnicos do mundo, como o português José Mourinho.
Cristóvão Borges orienta o time durante treino do Fluminense em Macaé (Foto: Nelson Perez / Fluminense)
- Esse é um treinamento que me possibilita fazer com que minha equipe faça aquilo que eu desejo no futebol. O método do Mourinho é uma referência, mas não só o dele. Observei outros, como o Guardiola, enfim, o que há de melhor sendo feito no futebol atual, fui pesquisar, olhar, para aprender, procurar saber sobre aquilo que possa servir, e que seja possível adaptar para a nossa cultura. É assim que eu tenho conseguido preparar minhas equipes. É uma outra maneira, eficaz, que tem dado certo nos lugares em que trabalho.
Acredito que cinco ou seis equipes vão lutar pelo título brasileiro, e o Fluminense é uma delas "
Cristóvão
Os jogadores elogiam o conhecimento tático de Cristóvão e ressaltam também o lado "paizão" do treinador. Entre as virtudes destacadas, está a humildade. Paciente, o técnico faz questão de conversar com todos, um a um, dizer exatamente o que quer sobre cada jogador em campo. Mas garante que não falta firmeza na hora de cobrar.
- Em qualquer lugar precisa existir equilíbrio, e é lógico que uma coisa não vai funcionar sem a outra. Não adianta ser bacana, ser paizão e não ter um bom trabalho. Eu procuro esse equilíbrio, dar a liberdade para que cada um possa se expressar, me aproximo dos jogadores, e no trabalho, somos firmes, trabalhamos muito. Imagino que seja isso.
Sobre os reforços do elenco, o técnico se mostrou otimista e acha que o time está mais forte. Mas ressaltou que o Fluminense precisa ainda de um atacante de velocidade, pois só conta com Biro-Biro para o setor, além de, possivelmente, mais dois laterais. Cristóvão, no entanto, avalia que o Fluminense está mais forte com as novas contratações.
- Precisávamos dar um pouco mais de peso ao elenco, porque os adversários vão ficar mais forte. Acredito que cinco ou seis equipes vão lutar pelo título brasileiro, e o Fluminense é uma delas - finalizou.
FONTE: GLOBOESPORTE.COM
DIVULGAÇÃO: Blog Dudé Vieira.