Ex-presidente conta como trouxe Rivelino e como inovou na questão do patrocínio
Presidente do Fluminense nos anos 70, Francisco Horta foi marcante em seu tempo. Como mandatário do clube, Horta conta como trouxe Rivellino para o clube e como saiu à frente na questão do patrocínio na camisa.
Relembre:
Vinda do Rivellino para o Flu
O Rivellino tinha uma ótima relação com o Vicente Matheus (presidente do Corinthians na época). Mas o Corinthians não ganhava nada há 17 anos e perdeu uma final por 1 a 0 para o Palmeiras. A torcida achava que ele era pé frio e colocaram fogo num posto que pertencia a ele e tinha seu nome. Eu tinha sido eleito, mas não tinha tomado posse. Fui para São Paulo, descobri onde ele morava e o nome de sua mulher. Cheguei lá, comprei um buquê de flores para sua mulher, com as cores do Fluminense. Cheguei lá e ela me disse que ele já voltava. Dei o buquê para a Dona Maisa e ela me falou que estavam com medo. Perguntei se não gostaria de morar no Rio de Janeiro. Ela disse que seria ótimo, mas dependia do Rivellino. Falei com ele, com seu pai, que era palmeirense roxo. Fomos à casa do Vicente Matheus e ele já estava dormindo. Mandamos acordá-lo, ele desceu de mau humor e de samba-canção. Perguntei se ele venderia o Rivelino. Ele disse que não. Mas Rivelino disse que se não fosse vendido pararia de jogar. Combinei o preço, mas não tinha o dinheiro. Consegui o dinheiro com um banqueiro, que tinha sido meu aluno na Universidade de Direito. Era um empréstimo com juros altos, mas o Fluminense estava levando muita gente aos estádios. Reservei 20% das rendas dos jogos e em dois anos o Rivelino estava pago.
Primeiro clube do Brasil a colocar patrocínio na camisa
A propaganda era proibida por lei. Eu disse ao Ministro que a marca Mobral era presidida pelo Arlindo Lopes Correia, atleta de vôlei do Fluminense. Aí me perguntaram se eu teria coragem de colocar no manto sagrado uma marca. Então, eu disse que tínhamos que ter dinheiro para pagar. E assim foi feito. Vencemos o amistoso contra o Bayern de Munique por 1 a 0 na estreia do Paulo Cesar Caju. E a torcida do Fluminense nem percebeu a marca. E olha que o jogo era televisionado. Dois anos depois a lei já permitia.
Trocas de jogadores
O Fluminense estava muito bem, mas o Flamengo vinha mal. Não adianta eu so pensar em mim. Se os outros falirem, eu vou falir também. Na época chamei o Helio Mauricio, presidente do Flamengo. Falei para ele escolher três jogadores meus que eu escolheria três dele. Ele me perguntou se Rivellino estava entre eles. Eu falei que sim, mas ele teria que me deixar o Zico. Então deixamos os dois fora dessa. Depois troquei jogadores com Vasco, Botafogo e os estádios ficavam lotados.
Patrocínio hoje
O clube tem muita despesa. Se não fosse a Unimed, seria impossível, estaria falido. A Unimed tem o lado bom e o ruim. O bom é que ela paga. Ruim é que ela manda. É a regra, quem paga manda. Eles entraram na época da Terceira Divisão. A SporTV começou a transmitir os jogos do Fluminense. Com a visibilidade, a unimed passou a investir. O Parreira aceitou o meu convite para treinar o Fluminense na Série C. A comissão técnica toda era da seleção e quem bancava era a Unimed. O Fluminense não tinha dinheiro.
Relembre:
Vinda do Rivellino para o Flu
O Rivellino tinha uma ótima relação com o Vicente Matheus (presidente do Corinthians na época). Mas o Corinthians não ganhava nada há 17 anos e perdeu uma final por 1 a 0 para o Palmeiras. A torcida achava que ele era pé frio e colocaram fogo num posto que pertencia a ele e tinha seu nome. Eu tinha sido eleito, mas não tinha tomado posse. Fui para São Paulo, descobri onde ele morava e o nome de sua mulher. Cheguei lá, comprei um buquê de flores para sua mulher, com as cores do Fluminense. Cheguei lá e ela me disse que ele já voltava. Dei o buquê para a Dona Maisa e ela me falou que estavam com medo. Perguntei se não gostaria de morar no Rio de Janeiro. Ela disse que seria ótimo, mas dependia do Rivellino. Falei com ele, com seu pai, que era palmeirense roxo. Fomos à casa do Vicente Matheus e ele já estava dormindo. Mandamos acordá-lo, ele desceu de mau humor e de samba-canção. Perguntei se ele venderia o Rivelino. Ele disse que não. Mas Rivelino disse que se não fosse vendido pararia de jogar. Combinei o preço, mas não tinha o dinheiro. Consegui o dinheiro com um banqueiro, que tinha sido meu aluno na Universidade de Direito. Era um empréstimo com juros altos, mas o Fluminense estava levando muita gente aos estádios. Reservei 20% das rendas dos jogos e em dois anos o Rivelino estava pago.
Primeiro clube do Brasil a colocar patrocínio na camisa
A propaganda era proibida por lei. Eu disse ao Ministro que a marca Mobral era presidida pelo Arlindo Lopes Correia, atleta de vôlei do Fluminense. Aí me perguntaram se eu teria coragem de colocar no manto sagrado uma marca. Então, eu disse que tínhamos que ter dinheiro para pagar. E assim foi feito. Vencemos o amistoso contra o Bayern de Munique por 1 a 0 na estreia do Paulo Cesar Caju. E a torcida do Fluminense nem percebeu a marca. E olha que o jogo era televisionado. Dois anos depois a lei já permitia.
Trocas de jogadores
O Fluminense estava muito bem, mas o Flamengo vinha mal. Não adianta eu so pensar em mim. Se os outros falirem, eu vou falir também. Na época chamei o Helio Mauricio, presidente do Flamengo. Falei para ele escolher três jogadores meus que eu escolheria três dele. Ele me perguntou se Rivellino estava entre eles. Eu falei que sim, mas ele teria que me deixar o Zico. Então deixamos os dois fora dessa. Depois troquei jogadores com Vasco, Botafogo e os estádios ficavam lotados.
Patrocínio hoje
O clube tem muita despesa. Se não fosse a Unimed, seria impossível, estaria falido. A Unimed tem o lado bom e o ruim. O bom é que ela paga. Ruim é que ela manda. É a regra, quem paga manda. Eles entraram na época da Terceira Divisão. A SporTV começou a transmitir os jogos do Fluminense. Com a visibilidade, a unimed passou a investir. O Parreira aceitou o meu convite para treinar o Fluminense na Série C. A comissão técnica toda era da seleção e quem bancava era a Unimed. O Fluminense não tinha dinheiro.
Fonte: Jornal O Gool - Saferj - Autor: MR
NETFLU
DIVULGAÇÃO: Blog. Dudé Vieira.
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