Marcelo Janot nega que clube promova 'viradas de mesa' e diz que obra mostra o que considera uma injustiça promovida em relação ao Tricolor carioca
Por SporTV.comRio de Janeiro
Quando o jornalista Marcelo Janot foi convidado para participar do livro "Pagar o quê? Respostas à maior bravata da história do futebol brasileiro", o crítico de cinema e torcedor tricolor juntou-se a um grupo de escritores com um objetivo: provar que o Fluminense, na opinião dos autores, é injustamente acusado de possuir uma dívida com a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Curiosamente, naquela época, o Brasileirão de 2013 ainda não havia acabado. Após o desfecho polêmico que marcou o fim da última competição, com o rebaixamento da Portuguesa no lugar do clube das Laranjeiras, após a perda de quatro pontos no STJD, a publicação tornou-se ainda mais atual.
Em participação no "Redação SporTV", Janot disse que o livro busca revelar os detalhes das três ocasiões em que o Tricolor acabou beneficiado com uma permanência na Série A, apesar dos rebaixamentos. Segundo o escritor, as acusações de "virada de mesa" são equivocadas, já que o clube nunca buscou mudar resultados, sendo apenas convidado, assim como outros times, a disputar competições.
- É uma coisa que vinha incomodando a torcida do Fluminense há muitos anos, essa história de "pagar a Série B". Quando o Flu voltou a ser um time vencedor, sendo campeão em 2010 e 2012, o que mais a gente via em cada notícia nas redes sociais era a pergunta "E a Série B?". Isso é uma mentira que vem sendo repetida sem que a imprensa tenha tido qualquer interesse em desmentir. No meu entender, quando se fala em pagar, pressupõe-se uma dívida, e o clube não deve nada - disse o jornalista.
Em 1996, o Fluminense caiu pela primeira vez, mas foi beneficiado com a permanência na elite, ao lado do Bragantino, por causa de denúncias de pagamento de propina para o chefe da comissão de arbitragem, com manipulação de resultados. Campeão da Série C em 1999, o clube acabou convidado para disputar a Copa João Havelange, em 2000, no módulo de elite, após o Gama conseguir uma liminar na Justiça Comum para permanecer na Série A. O caso mais recente aconteceu em dezembro passado, com a escalação do meia Heverton no jogo da Lusa contra o Grêmio . O STJD condenou o time paulista à perda de quatro pontos em função da presença do jogador suspenso em campo, beneficiando o Flu.
- Quando o Flu disputou a Copa João Havelange, em 2000, assim como Bahia e Juventude, ele foi convidado. Deveria jogar a Série B porque foi campeão da Série C. Mas todos assinaram o regulamento. O clube não impôs isso. Mais uma vez o Flu é vítima de algo que ele não fez. Nesse livro, os textos tentam explicar essas questões - disse Janot.
No livro, o crítico de cinema busca mostrar que outros times também foram beneficiados ao longo dos anos no futebol brasileiro, assim como outros têm orgulhado-se de conquistas que geram polêmicas.
- Procurei remontar a uma época em que, sem redes sociais, não se podia desmentir certas mentiras. Em 1979, o Flamengo desafiou as leis da física sendo tricampeão carioca em dois anos. Criou-se um campeonato estadual com apenas dez clubes. É uma mentira repetida pela "Flapress" ao longo de anos até que virou verdade - disse.
Além de Janot, o livro conta com a participação de outros cinco escritores tricolores: Cezar Santa Ana, João Marcelo Garcez, Luiz Alberto Couceiro, Paulo-Roberto Andel e Valterson Botelho. O lançamento está previsto para o próximo dia 28.
FONTE: GLOBOESPORTE.COM
DIVULGAÇÃO: Blog. Dudé Vieira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário