Jornalista Roberto Sander considera argentino maior ídolo tricolor desde Assis
Já neste domingo pude acompanhar com mais detalhes o jogo contra o Santos. E outra vez assisti a outra vitória com direito a um novo golaço de Conca. Chego a conclusão do seguinte: se Conca tivesse jogado a Copa do Mundo pela Argentina é muito provável que nossos hermanos tivessem levado a taça para Buenos Aires, o que seria muito engraçado.
Já disse aqui e repito: Conca é o maior ídolo tricolor desde que o anjo Assis deixou os gramados no fim dos anos 1980. Esse argentino baixinho tem todas as prerrogativas que considero essenciais para que um jogador escreva seu nome entre os grandes ícones tricolores. Joga sério, não veste o chinelinho, é aplicado, é profissional, não faz papagaiada, não comemora seus gols fazendo coreografias babacas e, mais importante de tudo, sabe jogar bola.
Vejam o primeiro gol da vitória sobre o Criciúma. Ele recebeu na área, cercado de defensores, girou pra cá, girou pra lá, enganando a todos, e achou o cantinho das redes adversárias. Já contra o Santos acertou um desses chutes que só mesmo quem sabe bater na bola acerta. De primeira, da entrada da área, uma bomba, que ainda roçou o travessão antes de entrar sem qualquer chance de defesa para o goleiro Aranha.
Bastou isso para que o Fluminense vencesse um jogo de nível técnico sofrível, chegasse ao G-4 e se mantivesse como um dos candidatos ao título. Porém, infelizmente, vejo essa possibilidade um pouco remota, pois o Cruzeiro me parece hoje um time bem acima dos demais. De todo o modo continuo a acreditar muito no trabalho de Cristóvão. A não ser que haja um terremoto no caminho do Flu, creio que ele deve ser mantido por muito tempo no comando do time.
Mais: creio que ele pode deixar um belo legado de uma mudança de filosofia. Apesar da queda de produção nos últimos jogos, depois daquele início auspicioso, vejo hoje um Fluminense num caminho muito diferente daquele de um passado recente que nos trouxe a humilhação de mais um rebaixamento. O destino e os erros de Flamengo e Portuguesa nos permitiram prosseguir na Primeira Divisão e, por sorte, pudemos logo nos ver livre de Renato Gaúcho.
Nessa nova trajetória, estamos entre os primeiros e espero que assim continuemos até o final do campeonato. Para isso, um bom resultado contra o Atlético (PR) fora de casa, no próximo domingo, vai ser essencial. Joguinho encardido vai ser esse, não tenham dúvida.
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Com a queda de produção do El Gordito Walter, substituído de modo correto no intervalo, abre-se a perspectiva para a volta de El Poste Fred. Como toda a sinceridade espero que as lições da Copa e o papelão que fez como centroavante da seleção brasileira o façam entender que para se jogar em alto nível, e com constância, não basta ter um nome e um bom marketing. Tem que ter dedicação, profissionalismo, entrega e a percepção de que, para ser um atleta, há que existir mais doação. Mire-se no exemplo do Conca meu caro Fred. O gringo tá com você todo dia. É só fazer igual.
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Para os tricolores, que comemoram o aniversário de 112 anos do clube, Conca é hoje sem dúvida o nosso maior presente. Que não só Fred o tenham como parâmetro, mas todos os atletas do clube, de todas as modalidades e todas as categorias.
FONTE: Blog do Roberto Sander/ NETFLU
DIVULGAÇÃO: Blog Dudé Vieira.
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