Pouco clubes conseguem utilizar de forma tão eficiente os talentos da base na equipe profissional como o Fluminense. Parte disso se deve ao distinto trabalho de integração entre Xerém e Laranjeiras executado cuidadosamente no Tricolor. O responsável por facilitar a adaptação da molecada no elenco principal tem um rosto muito conhecido pelos torcedores mais antigos: Edevaldo de Freitas, ex-jogador que defendeu as três cores que traduzem tradição nas décadas de 1970 e 1980.
Durante a semana, Edevaldo divide seu tempo entre os treinos nas Laranjeiras e em Xerém. Ele acompanha também todos os jogos do sub-20 e do profissional, no Rio de Janeiro, para observar de perto a evolução dos jovens atletas.
- Passo dois dias em Xerém e dois dias no profissional acompanhando os treinamentos para avaliar o desenvolvimento dos atletas, analisar e identificar os que podem ser integrados. Eu faço essa integração, essa ponte, com o Marcão (auxiliar técnico do profissional) e o trabalho é feito da melhor maneira possível. O atleta da base se desenvolve e chega preparado para que possa exercer seu futebol e fazer aquilo que a equipe profissional precisa e deseja no momento – explicou o coordenador de integração Edevaldo de Freitas.
Formado nas categorias de base do Fluminense, Edevaldo foi jogador do clube de 1974 a 1983. Como funcionário, já está há 11 anos contribuindo para as melhorias do futebol de base do Tricolor. Antes de ser coordenador de integração, foi observador e auxiliar técnico. Com tanta identificação com o Retumbante de Glórias, ele se sente emocionado toda vez que vê um jovem talento de Xerém brilhando entre os profissionais.
- É um motivo de orgulho. O Fluminense visa muito o trabalho de base, olha com carinho, pois sabe que de lá pode aproveitar atletas de qualidade, que podem suprir as necessidades do profissional em qualquer posição. Posso dizer que Fluminense cresceu no aspecto de dar valor à base. Fico feliz quando vejo atletas que trabalharam comigo ingressando na equipe principal, no cenario nacional e mundial, como é o caso recente do Gerson e do Kenedy, que chamaram atenção e foram vendidos para grandes clubes europeus.
O trabalho não para e a Fábrica de Talentos de Xerém segue abastecendo as Laranjeiras com atletas de qualidade. Na última rodada do Brasileiro, por exemplo, seis jogadores formados nas divisões de base do clube entraram em campo entre os titulares: Antônio Carlos, Douglas, Gustavo Scarpa, Gerson, Marcos Junior e Michael. Além deles, mais quatro estavam à disposição no banco de reservas. Isso tudo sem falar em Marlon Santos, que estava com a Seleção Olímpica.
Texto: Tiago Costa – Comunicação institucional FFC
Fotos: Mailson Santana – Divulgação FFC
Fotos: Mailson Santana – Divulgação FFC
DIVULGAÇÃO: Blog Dudé Vieira.
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