Qual torcedor fanático nunca arriscou fazer uma promessa para que seu time de futebol ganhasse um título ou fugisse do rebaixamento? Alguns sobem escadarias de joelhos, outros ajudam uma instituição filantrópica e há quem se priva de comidas, bebidas ou diversões pela graça alcançada. O jornalista André Viana, tricolor apaixonado, cumpriu a meta de emagrecer 26 quilos um ano após o tricampeonato brasileiro do Fluminense. Não por acaso, em 2010 o clube carioca completava 26 anos sem ganhar um título do Brasileirão.
A decisão foi tomada durante a última partida do Brasileirão. Naquele dia, os torcedores do Flu coloriram o alvinegro Estádio do Engenhão com as cores verde, branco e grená. Só faltava uma partida para a torcida soltar o grito de “É campeão!”. André, à época com 112 kg distribuídos em 1m77, viu ali um motivo para dar início à sua dieta. “Já estava pensando em emagrecer. Eu sempre fui magro, mas engordei muito entre os anos de 2000 e 2004. E pesou o fato de os meus dois filhos se incomodarem quando as pessoas faziam piada sobre meu peso”, conta.
Apesar de ter acompanhado o time por muitos anos enquanto morava no Rio de Janeiro, André guardava uma frustração: nunca havia comemorado um título do Campeonato Brasileiro no estádio. “Quando o Fluminense foi campeão em 1984, eu tinha 11 anos. Pedi para meu pai me levar à decisão, contra o Vasco, mas ele não quis. No ano seguinte, passei a ver todos os jogos do Fluminense; comemorei muito o tricampeonato estadual no Maracanã, em 1985, mas ainda faltava o Brasileirão”.
Atualmente, o jornalista mora em Manaus. Comprar passagens aéreas em plena alta estação para ver o título do Fluminense no estádio não seria tão fácil. Mas uma oportunidade de trabalho o levou até o Rio de Janeiro na época da última rodada do Brasileirão. E a espera foi recompensada. Depois de vinte e seis anos, seis meses e oito dias, mais 93 minutos de partida, André e os outros 40 mil torcedores puderam comemorar, naquele dia 5 de dezembro de 2010, o tricampeonato do clube carioca. Foi dos pés de Emerson, o Sheik, hoje jogador do Corinthians, que saiu o gol da vitória e do título, aos 16 minutos do segundo tempo. Era hora de pagar a promessa.
“Comecei a dieta uma semana depois do Carnaval deste ano, sem radicalismo. Cortei doces, refrigerantes, gordura, feijão, massas e carne vermelha. Não tomei remédios e não deixei de tomar minha cervejinha nem comer fast food com meus filhos aos finais de semana”, relata André. “Dar o primeiro passo foi mais difícil. As duas primeiras semanas são as piores, depois você acostuma”, acrescenta.
O tricampeonato do Fluminense também marcou o último encontro de André com o avô materno, Manoel Figueira da Silva, responsável pela paixão do jornalista por futebol e pelo time carioca. Isso o motivou ainda mais. “No final das contas, perdi 28 quilos [mais que a meta traçada, de 26 quilos] e muita roupa [passou do tamanho 56 para 44). No entanto, ganhei roupas que meus filhos me davam e não cabiam em mim. Até a camisa que fui ao Maracanã no famoso Fla-Flu do gol de barriga do Renato Gaúcho, em 1995, está grande”, afirma.
A duas rodadas do fim do Brasileirão de 2011, André ainda tem esperanças de ver o Corinthians e o Vasco tropeçarem. “Claro que vou torcer para o Fluminense, mas é complicado. São cinco pontos para tirar do Corinthians em duas partidas. Mas para esse time de guerreiros o impossível não existe. Se tudo der certo e o tetra vier, vou comprar uma camisa oficial do Palmeiras como forma de agradecimento [o clube alviverde enfrenta o Timão na última rodada] e posso até pensar em perder mais um quilo. Afinal de contas, só se passou um ano desde o último título”, finaliza.
FONTE: Yahoo
PB Agora
DIVULGAÇÃO: Blog. Dudé Vieira.
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