A mídia tem sido tão desleal nesse aspecto que chega a fazer com que os tricolores se sintam constrangidos ante a situação que ora se apresenta, em que o Fluminense não tem uma vírgula de responsabilidade. Vejo muitos torcendo, inclusive, para que o regulamento não seja cumprido – e consequentemente a Portuguesa não perca os pontos, o que constituiria, aí sim, uma virada de mesa – em nome de o próprio clube “pagar a Série B”, aturdidos que estão com uma mentira deslavada repetida tantas vezes até que se tornasse uma “verdade”.
Ao defendermos que o Fluminense jogue a Série B, mesmo ante algo previsto em lei (a perda de pontos pela Portuguesa), estaremos, aí sim, endossando que o clube é devedor de alguma coisa.
Vale lembrar que o meia Felipe, do Fluminense, em caso idêntico, foi julgado por uma infração no mesmo artigo, e numa sexta, pegando dois jogos de suspensão. Viu-se obrigado a cumprir o segundo no clássico Fla-Flu, 48 horas depois.
Então vejamos: o Fluminense recebe o rebaixamento com dignidade, inicia o planejamento para a próxima temporada visando ao acesso, e, de repente, descobre-se que um advogado lá de São Paulo cometeu um erro e que seu cliente, a Portuguesa, por descumprimento de regra, terá de perder quatro pontos. Pergunto: e o Flu com isso? A propósito, fosse quem fosse o 17°, desde que com uma pontuação superior à da Portuguesa, ocuparia o lugar da Lusa. Aliás, fosse o Náutico ou a Ponte o favorecido, será que haveria esta grita toda?
Daqui deste espaço, cumprimento efusivamente alguns poucos jornalistas que vêm descrevendo os fatos como eles realmente são, todos do canal a cabo ESPN Brasil. São eles: Paulo Vinícius Coelho, José Trajano e Mauro Cézar Pereira. Todos eles, apesar de pertencerem a uma emissora com sede na cidade de São Paulo, isentam o Fluminense de qualquer responsabilidade pelo ocorrido.
PVC trouxe à luz, inclusive, os campeonatos de 1997 e 2000 (em ambos o Flu é esmagadoramente acusado pela crônica de integrá-lo sem direito), lembrando que não houve rebaixamento naquele por conta de denúncias envolvendo Petraglia e Dualib (presidentes do Atlético-PR e do Corinthians), e neste último porque o Botafogo só escapou da queda por conta de pontos que ganhou no Tribunal, o que acabou por rebaixar o Gama, que entrou na Justiça Comum.
(assista aqui https://www.youtube.com/watch?v=XIbJR0AK3c4#t=289)
Estes são os FATOS CRISTALINOS, como VERDADEIRAMENTE aconteceram. O resto são palavras irresponsáveis que fazem da maioria da população massa de manobra. Fico feliz que ainda haja profissionais corretos e isentos em um meio que tem se mostrado cada vez mais sujo.
A cara de Brasília, aliás. Reflexo de lá.
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A todos que, a despeito da aplicação correta da lei, ainda assim acharem que a manutenção do Flu fere o “espírito esportivo”, sugiro então uma Série B com Náutico, Ponte Preta, Vasco, Fluminense, Portuguesa e Flamengo, os dois últimos porque, com a perda dos quatro pontos, terminariam atrás do Fluminense, o “favorecido”.
Caem seis e sobem seis.
A Série B de 2014 se tornaria até mais atraente que a própria Série A, com Chapecoense, Figueirense, Criciúma…
E o “espírito esportivo” não seria maculado.
E aí, topam?
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Em 1997, o jogo sujo da crônica esportiva fez com que o Fluminense fosse achincalhado em todos os estádios em que jogou fora do Rio. Já entrava derrotado, tamanha a hostilidade, o massacre que lhe era imposto.
Repito: ditos jornalistas semeiam discórdia nas tintas e TV e depois pregam de moralizadores quando o pau come nas arquibancadas…
Parem o mundo que eu quero descer.
FONTE: Netflu/ Blog Terno e Gravatinha
DIVULGAÇÃO: Blog. Dudé Vieira.
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