Bruno Marinho
Luiz Gustavo Moreira - Publicada em 22/08/2012 às 07:00 Rio de Janeiro (RJ)
Luiz Gustavo Moreira - Publicada em 22/08/2012 às 07:00 Rio de Janeiro (RJ)
Flu está em segundo (Foto: Gil Leonardi) |
O que é que a baiana tem, todo mundo sabe, Dorival Caymmi compôs em verso e prosa no fim da década de 30. Mas o que o time do Fluminense está alcançando neste Campeonato Brasileiro, o LANCENET! tenta explicar a partir de agora.
Dono da defesa menos vazada da competição, apenas uma derrota em 18 jogos e acumulando nada menos do que 72,2% de aproveitamento, o Tricolor vive fase que passa muito longe de qualquer sorte ou coincidência.
O somatório de três acertos tem sido fundamental para se entender o que acontece pelas bandas das Laranjeiras. A começar pela manutenção de Abel Braga. Questionado por parte da torcida, o treinador já soma 14 meses à frente do time tricolor. É o terceiro técnico com maior longevidade entre os grandes clubes do país.
– O elenco é bom e o ambiente é maravilhoso. Além disso, o treinador nos dá grande confiança e não tem medo de colocar a garotada para jogar – afirmou Thiago Neves.
O camisa 10 tocou em outro ponto importante que tem feito a diferença para o Fluminense. A penca de veteranos caros a esquentar o banco de reservas ficou para trás. O time das Laranjeiras já utilizou 12 garotos originários de Xerém neste Brasileiro. Apenas o Flamengo usou mais nomes da base. Com disposição de sobra, os meninos tricolores têm conseguido dar conta do recado e os mais velhos acabam não ficando tão sobrecarregados.
Não adianta também deixar os mais novos com toda a responsabilidade. A mescla tem sido bem feita nas Laranjeiras. O Tricolor possui nada menos do que cinco jogadores do time-base atual com dois ou mais anos de clube: Gum, Leandro Euzébio, Carlinhos, Deco e Fred. Isso garante o entrosamento, isso tudo é o que o Fluminense tem.
Jovens ajudam na redução na folha
A boa safra de jogadores provenientes das divisões de base de Xerém ajudou o Fluminense em 2012. O clube, sob o comando do diretor-executivo Rodrigo Caetano, contratado em janeiro, realizou um profundo corte de gastos na folha salarial do futebol profissional durante o ano.
Só com as saídas dos experientes Araújo (Náutico), Souza (Cruzeiro) e Rafael Moura (Internacional), o Tricolor deixou de gastar cerca de R$ 800 mil mensais.
Em contrapartida, somados os vencimentos de Wellington Nem, Higor e Samuel, trio que "substituiu" os medalhões, não ultrapassam R$ 120 mil por mês.
Além do trio citado acima, o técnico Abel Braga utilizou mais nove atletas de Xerém em 2012: Digão, Fábio, Lucas Patinho (já emprestado ao Sporting-POR), Marcos Júnior, Matheus Carvalho, Michael, Rafinha, Wallace e Wellington Carvalho. O terceiro goleiro Kléver e o zagueiro Elivélton, que chegou a ser titular em parte da campanha no Brasileirão de 2011, estão integrados aos profissionais desde o ano passado, mas ainda não jogaram na atual temporada.
Calmaria política ajuda
Nesta temporada, o Fluminense vive algo incomum na sua história recente: um clima mais ameno entre os cartolas do clube e seu patrocinador, a Unimed-Rio.
Nesta temporada, o Fluminense vive algo incomum na sua história recente: um clima mais ameno entre os cartolas do clube e seu patrocinador, a Unimed-Rio.
Isso também tem colaborado para o bom momento do Flu no Brasileiro. Diferentemente do que aconteceu em outras ocasiões, a instabilidade dos bastidores não tem respingado no futebol.
A contratação do diretor-executivo Rodrigo Caetano – por intermédio da empresa médica – também tem ajudado, já que aumentou a blindagem no setor.
Enquanto isso, Celso Barros, presidente da Unimed, continua sendo o principal motor do Fluminense quando o assunto é contratações. Amigo pessoal de Conca, tentou trazer o meia do Guangzhou Evergrande (CHN) na última janela de transferências. Ainda este ano, contratou Thiago Neves, Wágner, Jean e Rafael Sobis.
FONTE: LANCENET
DIVULGAÇÃO: Blog. Dudé Vieirta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário