Especialista no tratamento de dependência química, Jorge Jaber vê bom indício no fato do atacante do Fluminense ter admitido uso de cocaína
- Ele já tem o desejo da melhora e parece que é um sincero desejo. Se ele tiver um sincero desejo de se recuperar, é garantido, ele tem todas as condições de voltar a praticar o esporte de maneira exemplar - disse.
Michael caiu no antidoping por cocaína (Foto: Photocamera) |
- A impressão que se dá é que a pessoa vai ter mais energia, mas essa energia se perde na hora em que ela precisa de habilidade. (Afeta) essa coordenação, que faz com que o jogador, ao mesmo tempo que esteja olhando a bola, perceba alguém atrás e tenha habilidade para se deslocar.
Segundo o especialista, o jogador de futebol tende a se envolver com a droga por causa da fadiga diário do esporte. O assédio e a pressão por resultados podem levar a uma doença mental e a vícios em substâncias químicas. Jaber explica que o atleta perde o ânimo e, com tempo, também vê afetada a sua coordenação física.
O médico afirma que as drogas, como a cocaína, são levadas em conta pelo antidoping por serem ilícitas e fazerem mal à saúde. Ele frisa, no entanto, que o atleta pode se recuperar e voltar ao esporte ainda melhor, após se envolver com a substância.
- Se ele era um bom atleta usando a droga, quando ele abandona, a capacidade dele de suplantar essa dificuldade o faz se destacar ainda mais que os outros - disse Jaber, que é presidente da Associação Brasileira de Alcoolismo e Drogas.
Michael foi flagrado no antidoping após a vitória por 2 a 0 sobre o Resende, pela fase de grupos da Taça Rio, no dia 6 de abril. Como o jogador admitiu o uso para a diretoria, o clube não solicitará a contraprova - o atacante será suspenso preventivamente por 30 dias. O Tricolor se colocou à disposição para auxiliá-lo no tratamento.
FONTE: GLOBOESPORTE.COM
DIVULGAÇÃO: Blog. Dudé Vieira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário