domingo, 4 de setembro de 2011

HÉCTOR LANZINI: O SEGREDO POR TRÁS DA RÁPIDA ADAPTAÇÃO DA NOVA JOÍA TRICOLOR

Pai-coruja do camisa 11 do Fluminense se desdobra para ajudar os dois filhos atletas e revela que Manuel em breve terá aulas de português

Por Edgard Maciel de Sá Volta Redonda, RJ

Com apenas 18 anos, o argentino Manuel Lanzini já encara o desafio de carregar o peso da camisa de um grande clube do futebol brasileiro. Desconhecido dos tricolores quando foi contratado, ele superou a ansiedade da estreia e foi bem em suas primeiras exibições, espantando a desconfiança de uma torcida que recentemente ficou órfã de seu maior ídolo. E tudo isso é fruto de um trabalho que vai além das quatro linhas. Longe da responsabilidade chamada Fluminense, a joia vinda do River Plate conta com um pai zeloso, ex-jogador, que não abre mão de acompanhar de perto a carreira dos dois filhos atletas.
manuel lanzini com o pai fluminense (Foto: Fernando Torres / Fluminense F.C.)
Lanzini, um amigo da família e o pai Héctor (de preto) após o primeiro gol profissional do meia, contra o São Paulo, na última quarta: 'Emoção indescritível', resumiu o patriarca (Foto: Fernando Torres / Fluminense F.C.)

Figura assídua nas Laranjeiras, Héctor Lanzini revelou como está sendo a adaptação do garoto no Rio e confessou ter se emocionado com o primeiro gol do filho como profissional diante do São Paulo, na última quarta-feira, no Morumbi. Além de Manuel, Hector também viu outro filho deixar a Argentina cedo para jogar futebol. Aos 20 anos, o jovem Tomás Lanzini defende o Unión San Felipe, da Primeira Divisão do Chile, dividindo ainda mais o pai e tendo de conviver com a ausência do amigo e irmão, por enquanto, mais bem-sucedido.

- Foi indescritível presenciar o primeiro gol de Manuel no estádio. Na Argentina, profissionalmente, nunca tinha feito um gol. Só em treinos e amistosos. Meu coração quase saiu pela boca (risos). Fiquei muito contente. Ele lutou e brigou muito por isso. A família toda é unida. Temos outro filho que joga futebol lá no Chile. Tem 20 anos e também já é profissional. Estamos separados agora, mas os irmãos sempre foram muito unidos. Para eles, esse é um sentimento que lhes dá força, porque ainda são muito meninos - disse Héctor.

Ex-meia de clubes como Sporting Cristal, do Peru, e Deportivo Morón, da Argentina, o paizão tendo um papel fundamental na rápida adaptação de Lanzini ao Brasil. Em breve, o camisa 11 tricolor terá até aulas de português para aprender o novo idioma mais rapidamente.

- Minha função é ajudá-lo para que viva bem no Rio. Manuel é um garoto muito tranquilo e humilde. Gosta de dormir cedo, ver televisão, ir para praia quando pode... Também joga muito videogame. Ele está muito contente no Brasil. O Rio de Janeiro é uma cidade especial. Graças a Deus conheço outros países e o Rio, para mim, é a cidade mais bonita de todas. Lanzini em breve vai ter aulas de português para se adaptar ainda melhor. Essas coisas ajudam, mas acho que ele está muito bem. Contente, agradecido, mas tem que jogar e jogar. É isso que ele gosta e sabe fazer - lembrou o pai-coruja.

O bom desempenho do jogador nas primeiras partidas com a camisa tricolor no Campeonato Brasileiro não surpreendeu o patriarca da família Lanzini. Na Argentina, o apoiador também voltou a ter seu nome falado após o gol contra o São Paulo. E, segundo Héctor, a torcida do River Plate ainda não engoliu a liberação da joia por empréstimo para o Fluminense.

- Está sendo como eu esperava que fosse. Lanzini tem apenas 18 anos e jogou pouco profissionalmente. Ele está indo bem, mas acho que ainda tem muito para crescer e para aprender com os jogadores como Fred, Deco e outros que são mais velhos. Aos poucos, o entrosamento melhora também. Lá no River, o comentário é de que a transferências não foi a melhor opção para o clube. A torcida ficou brava - explicou.

FONTE: GE.com

DIVULGAÇÃO: Blog. Dudé Vieira.



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