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Rio de Janeiro (RJ)
Confiante na hora de partir para cima do adversário, mas temoroso na chegada ao Brasil. Destaque absoluto no Peñarol (URU), porém apenas 'mais um' no elenco tricolor. Aclamado pela torcida para fazer parte do time titular de Abel Braga, o argentino Martinuccio não se adaptou ao país vizinho na mesma velocidade das suas arrancadas. Entretanto, ele agora começa mostrar a que veio, justamente no momento em que o time cresce no Brasileiro.
- Estou muito contente porque a torcida pede o Martinuccio. Vou tratar de me doar ao máximo para não decepcioná-la - disse o atacante, que fez seu primeiro gol pelo Fluminense contra o Avaí.
Após ser cobiçado por clubes europeus e pelo Palmeiras (com o qual chegou a assinar pré-contrato), Martinuccio decidiu trocar o status de maior astro do vice-campeão da Copa Libertadores deste ano pelo anonimato nas Laranjeiras, segundo o próprio contou ao LANCENET!.
- Eu vim como um desconhecido, apesar da Libertadores. Cheguei como mais um. Sabia que teria de começar tudo de novo - disse o jogador, um dos mais votados no blog "Social Tricolor", do LNET!, para ser titular do Fluminense.
Com a mesma disposição mostrada nos sete jogos que já fez, todos como reserva, o hermano encarou a adaptação ao Rio e a concorrência no elenco tricolor, além da responsabilidade de futuro pai. Para o desespero das defesas adversárias, Martinuccio parece ter engrenado. Portanto, cuidado: ele está no ataque.
Clã das cabeças raspadas
Após o jogo contra o Avaí, falou se muito sobre o novo corte de cabelo exibido por Martinuccio. Segundo ele, não houve um motivo especial para ter raspado a cabeça.
- Já estava com vontade de cortar o cabelo e acabei fazendo isso no hotel. Não sei se vou deixar crescer de novo, vou pensar - afirmou.
Outro que aderiu ao visual careca foi Rafael Sobis, por gostar de variar o corte. O objetivo dos dois não era de fazer com que Rafael Moura cortasse o seu, mas o grupo transformou isso em brincadeira.
Em seu perfil no Twitter, o He-Man ironizou o fato de ser alvo do 'clã de cabeças raspadas' e disse que há jogadores que precisam cortar o cabelo antes dele.
Bate- Bola com Martinuccio, exclusivo para o LANCENET!
1) Qual a maior diferença que você sentiu no processo de transição do Uruguai para o Brasil?
R: O futebol brasileiro é muito difícil, é uma tática muito diferente de outros países. Por jogar na frente, não é tão diferente para mim. Estou implementando o meu jogo. A adaptação não é fácil, ainda estou pegando entrosamento com os companheiros, quem fica em qual lugar do campo. Isso vem com o tempo, estou tranquilo. Respeito a escola brasileira, a admiro, e espero me encaixar.
2) Isso explica a demora em sua adaptação, após a ótima Libertadores que você fez com a camisa do Peñarol?
R: É a primeira vez que saio do meu país, porque estar no Uruguai é quase o mesmo que estar na Argentina. É a primeira vez que vivo com minha mulher, vamos ter nosso filho aqui e tenho apenas 23 anos. É muito difícil. Mas estou conseguindo dar um jeito. Quando falo em adaptação, falo de ir ao supermercado e não encontrar as mesmas marcas, não saber o que comer, o que é bom ou o que é ruim. Estar só no apartamento com a minha mulher grávida, somos muito jovens...Essa adaptação custa. Sou muito dedicado ao futebol, vou tentar vivê-lo ao máximo para no futuro continuar nessa carreira ou voltar para o meu país. Tenho de me adaptar rapidamente.
3) Apesar da rivalidade entre Brasil e Argentina, os colegas de clube têm lhe ajudado neste processo?
R: Tenho muita ajuda do Fluminense. Tenho me dado muito bem com Rafael Moura, Rafael Sobis, Edinho, além de Lanzini, que é do mesmo país que eu. Marcelo Teixeira ajuda a minha família, a Unimed também, sou muito grato. Estou muito tranquilo.
4) E como foi marcar o primeiro gol pelo Fluminense, o terceiro da vitória de 3 a 1 sobre o Avaí?
R: O gol saiu depois de um contra-ataque nosso puxado pelo Deco, que passou para Mariano. Ele cruza muito bem.
5) Você tem entrado bem, geralmente no segundo tempo, mas encontra uma forte concorrência no Fluminense. Como você encara essa fase após ser um dos destaques da última edição da Copa Santander Libertadores?
R: Há muitos jogadores bons no elenco, praticamente em todas as posições, e Abel (Braga) está dando chances para todos. Estou tentando aproveitar as oportunidades que aparecem para mim.
6) Depois das boas atuações, do primeiro gol com a camisa tricolor e da aprovação da torcida...
R: Não me perguntem se serei titular contra o Atlético Paranaense. Quem decide isso é o Abel. O treinador é quem vai dizer se estarei no banco ou não.
7) Muitos torcedores pensaram que você fosse um armador, mas você tem jogado mais à frente, atacando pelos lados. Em qual posição você se sente a vontade?
R: Abel sabe como prefiro jogar. Gosto de jogar mais adiantado, mas posso jogar no meio. A expectativa é grande, mas o grupo é qualificado e tem muitas opções. Não me sinto melhor nem pior do que ninguém.
A evolução de Martinuccio no Tricolor
Primeiro contato - 21/7
Fora de forma, o atacante é apresentado à torcida junto com Sobis e Lanzini.
Mãos à obra - 28/7
Martinuccio faz seu primeiro treino pelo Flu, para recuperar o físico. Cinco dias depois, ele treina com o resto do elenco.
A aguardada estreia - 14/8
Exatos 17 dias após o primeiro treino, ele faz sua primeira partida pelo Tricolor, na derrota para o Grêmio, no Olímpico.
Martinuccio quase lá - 11/9
Depois de quatro partidas entrando apenas no fim e pouco apresentando, o argentino vai bem contra o Corinthians.
O primeiro gol - 21/9
Foram necessários sete jogos para ele marcar seu primeiro gol, sobre o Avaí.
FONTE: LANCENET!
DIVULGAÇÃO:Blog. Dudé Vieira.
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