Em entrevista exclusiva, atacante diz que não deve cumprimentar desafeto Emerson
Bruno Marinho, Daniel Bortoletto e Fred Cursino
Publicada em 11/06/2011 às 16:57
Rio de Janeiro (RJ)
Ao marcar o gol da vitória brasileira no amistoso contra a Romênia, Fred apontou seu dedo indicador para o alto. Um gesto de reverência, um pouco para o céu, um pouco para seu ídolo, Ronaldo, que, no dia de sua despedida, assistiu ao ressurgimento de um antigo postulante à tão cobiçada camisa 9 da Seleção Brasileira.Publicada em 11/06/2011 às 16:57
Rio de Janeiro (RJ)
Como presente, veio a convocação para a disputa da Copa América, que será realizada entre os dias 1 e 24 de julho, na Argentina, e a oportunidade para o artilheiro do Fluminense ampliar as cores de sua idolatria.
L! no Ar: Fred fala de Seleção, Emerson Sheik e Abel
Qualidades para isso não faltam. Não só pelo que faz nas quatro linhas, mas pelo alarde que provoca fora delas. Emblemático, consegue ser o centro das atenções num elenco que conta com figuras consagradas como Conca e Deco – fato que, confessa, chega a incomodá–lo.
– A galera costuma pegar no pé de alguns jogadores mais conhecidos. Comigo, então, é acima da média. É pesado – disse o atacante, numa mistura de brincadeira e desabafo.
Fred também comentou a chegada do técnico Abel Braga, que, na sua opinião, será um “para-raios” para o grupo tricolor.
Confira abaixo a entrevista com o atacante ao LANCENET!.
Bruno Marinho: Você esperava essa volta à Seleção Brasileira?
Eu sempre imaginei voltar à Seleção. Sabia que, em boas condições, poderia brigar pela vaga com qualquer um. O Brasil tem jogadores badalados, principalmente no ataque. Mas sabia que, bem fisicamente e no clube certo, eu teria oportunidade.
Daniel Bortoletto: Como foi sua conversa com o técnico Mano Menezes durante esses dias?
O Mano me falou sobre seus projetos, que ele conta comigo. Serviu para me dar um pouco mais de responsabilidade, para eu focar mais na Seleção. Ele me passou muita confiança.
Fred Cursino: Você coleciona momentos especiais na carreira. Chegou a fazer o gol mais rápido do futebol (pelo América-MG), marcou logo em sua estreia em Copas do Mundo. Agora, fez o gol na despedida do Ronaldo. Considera-se um predestinado?
Me sinto abençoado por Deus. Ele me coloca sempre nos lugares certos e nas horas certas para fazer coisas boas. Já tinha participado da despedida do Romário, e agora, veio a do Ronaldo, que para mim, foi o maior de todos.
B.M.: Você chegou a ser comparado a ele no início da carreira...
Na época, me comparavam, mas o Ronaldo é único, para ter igual é quase impossível, até pelo poder de superação dele, tudo o leva a ser um mito do futebol. Foi emocionante participar dessa despedida.
D.B.: Como surgiu a comemoração em homenagem a ele?
Surgiu quando ficávamos jogando videogame na concentração. Quando eu fazia gol, comemorava desse jeito. Na hora do gol, pintou essa homenagem e todos os jogadores participaram.
F.C.: Falando de Fluminense. Como foi a chegada do Abel?
Estávamos sentindo falta de um para-raios, alguém que chame a responsabilidade, que todos vão respeitar antes de dar qualquer porrada. Precisávamos desse comando mais forte. O primeiro semestre não foi perfeito, houve turbulência, todos ficaram expostos. Mas conseguimos fazer muita coisa legal. Principalmente para o Enderson. Não foi fácil, como interino, fazer o que ele fez.
B.M.: Você exerceu papel de liderança na apresentação do Enderson ao grupo?
Fiz o de sempre nesse tipo de situação.Tínhamos de nos fechar e confiar no trabalho, fazer o que ele mandasse. Foi um papo mais de caminharmos juntos, o que às vezes é complicado. O interino chega sem tanto peso e todos tentam tirar a lasquinha.
D.B.: E o grupo se fechou?
Sim. Lógico que tiveram coisinhas que não são normais, mas depois nos ajeitamos. Isso foi cobrado internamente.
F.C.: Durante os treinos em Teresópolis, você ficou afastado alguns dias alegando sinusite. Mas foi especulado que teria feito um exame na coxa. O que de fato aconteceu?
Nada. A galera costuma pegar no pé de alguns jogadores. Comigo é acima da média. Eu estava muito mal da garganta, perdi força, fiquei quatro dias sem treinar e resolveram que eu não jogasse. Não teve nada demais. Tudo tranquilo, quando tenho algum problema sempre falo, não tenho vaidade quanto a isso.
B.M.: E esse encontro com Emerson na partida contra o Corinthians. Você imagina cumprimentá-lo no Pacaembu?
Emerson é passado, está no Corinthians e que faça o seu melhor lá. Eu sempre vou respeitá-lo, mas foi uma situação muito chata, constrangedora, que me deixou chateado e triste. Tenho uma ótima criação, todos me conhecem, sabem que sou um cara do bem. Na partida, eu falaria com ele sem problemas. Mas acho que o cumprimento não vai acontecer, até pelo o que ele falou de mim quando saiu.
FONTE: LanceNet
Divulgação: Blog. Dudé Vieira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário