Foi solicitado que a foto da reunião fosse tirada com os participantes de costas (Foto: Rodrigo Lois)
Rodrigo Lois
Rio de Janeiro (RJ)
As principais facções do Fluminense se reuniram na noite desta terça-feira, no Centro do Rio de Janeiro, para encontro com os representantes da Federação das Torcidas Organizadas do Rio de Janeiro (FETORJ). O LANCENET! acompanhou parte do evento, que teve entre os assuntos abordados o caso envolvendo o atacante Fred, ameaçado recentemente por torcedores.
- É mais fácil para as torcidas organizadas se defenderem em grupo do que sozinhas. A justiça é cheia de buracos. Temos que tomar cuidado com nossas atitudes - declarou o presidente da FETORJ, Frajola. A direção da federação é composta por mais três vices, cada um representando as torcidas de cada grande clube do Rio.
A reunião, que contou com a presença de cerca de 25 pessoas ligadas a facções tricolores, tinha como objetivo explicar aos torcedores como funciona a FETORJ, os detalhes do Termo de Ajuste de Conduta (TAC), assinado em junho deste ano, e o Estatuto do Torcedor. Outro tema foi a questão do cadastramento dos integrantes dessas torcidas, com identificação completa, previsto no TAC.
Alguns dos presentes perguntaram sobre que direitos poderiam reinvidicar com base no Estatuto do Torcedor e nos Direitos do Consumidor, como por exemplo: maior disponibilidade de banheiros públicos ao redor dos estádios, melhor tratamento por parte das autoridades públicas e as garantias após a compra de ingressos.
- Temos que arrumar nossa casa primeiro. A situação está louca. Há vizinhos se matando. Temos que mapear onde há problemas - afirmou Zé Maria, um dos vices da FETORJ.
Como não poderia deixar de ser, um dos assuntos comentados durante o evento foi o episódio Fred. O atacante do Fluminense foi ameaçado por integrantes de uma das principais facções organizadas tricolores e prestou queixa na semana passada. Um dos acusados e presidente de uma das organizadas, Leandro de Carvalho Morais, conhecido como Campinho, não esteve presente no evento desta terça.
Caso o Ministério Público, após sua investigação, avalie que eles feriram o Estatuto do Torcedor, a facção poderá sofrer diversas punições, entre elas a suspensão do direito de frequentar os estádios.
- O que acontece com a organizada de um clube afeta todas as outras. É uma espécie de efeito cascata. Precisamos corrigir essas questões de comportamento - disse João, outro vice da federação.
Quando os presentes na reunião começaram a comentar episódios antigos de brigas com facções de outros clubes e se aprofundaram no debate em relação ao caso Fred, a reportagem do LANCENET foi educadamente convidada a se retirar da sala. O departamento jurídico da FETORJ não irá se pronunciar ou tomar qualquer medida relacionada ao episódio enquanto não chegar algo de oficial do Ministério Público.
A FETORJ já realizou anteriormente três outras reuniões com integrantes de facções cariocas para explicar as questões ligadas às novas leis sobre o comportamento de torcedores de futebol. A primeira dela foi com torcidas do Vasco (19/7), depois Flamengo (26/7), Botafogo (2/8), e agora com as do Flu (9/8).
FONTE: LANCENETDIVULGAÇÃO: Blog. Dudé Vieira.
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